É que tu elaboras a poesia e não a assassina na fria página do texto escrito, como o faz a maioria dos escritores, que empilha seus livros nas prateleiras das livrarias, na expectativa de que seus textos encontrem os tão preciosos, mas escassos leitores. Tu bem o sabes: texto não lido não cumpre sua peculiar função de provocar reflexão. Não transforma olhares, não fertiliza pensares, imaginação, raciocínio crítico, visão crítica do mundo; equivalem, enfim, aos pequeninos que já nascem mortos. Entendeste? (MONTEIRO, 2012, p. 23).